A cena

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O começo


O começo de um ano para muitas pessoas é importante, feitas as promessas na última noite do ano anterior, os primeiros dias do novo ano servem para pensar no que se fazer para cumpri-las. No âmbito politico, o começo de 2011 servirá para que a presidente eleita pense como cumprirá tudo aquilo que prometeu na corrida eleitoral de 2010.
É de suma importância que nós, eleitores que votamos e até os que não votaram no ano passado, se lembrem de tudo aquilo que foi prometido. E como já é de conhecimento público que em Brasília as coisas só funcionam bem sob pressão, é nosso papel exigir tudo aquilo que foi prometido não só pela presidente, mas pelos governadores, senadores, e deputados eleitos.
Até que a cena política mude completamente, aquele que disser que o Brasil é um país dominado por alguns políticos corruptos a décadas estará certo. Quem afirmar que vivemos até o presente momento vivemos numa falsa democracia, que quem diz a coisa errada na hora errada está com sérios problemas, consequentemente também estará com a razão.
Dilma Rousseff afirmou em um de seus discursos que seu maior compromisso é com a liberdade plena de expressão em suas mais variadas formas. Veremos nos próximos quatro anos se essa liberdade realmente existirá. E se o que se prometeu será cumprido.

domingo, 2 de janeiro de 2011

A despedida


No dia da posse da nova presidente da república o que mais emocionou não foi sua subida na rampa do palácio do planalto, e sim a descida de um outro presidente, que já não era mais presidente naquele momento. Aquele governante que pela história será lembrado como talvez o mais popular de todos os tempos.
O que se esperava era uma ou duas quebras de protocolos no meio da cerimônia, mas o que ocorreu foi uma sucessão ininterrupta delas. Dilma desce a rampa com Lula e a ex-primeira dama, que posteriormente são seguidos por funcionários e ministros se enquadra dentro daquilo que ninguém pensou que aconteceria. Já dentro daquilo que se esperava, Lula vai de encontro para o lugar do qual aparentemente nunca saiu: os braços do povo.
O que foi visto apartir de então foi um ex-presidente e militantes emocionados em uma espécie de adeus, mas que talvez seja apenas um ''até logo''. Espera-se que Lula passe a ter uma vida simples, em São Bernardo do Campo, esse é o protocolo. Mas como já sabemos, nosso ex-presidente é um especialista em quebrá-los.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Consciência


Realmente gostaria de entender onde se escondeu a indignação dos milhares de brasileiros que pintaram suas caras e foram as ruas em 1992 requerer o impeachment do até então presidente Collor. Ao que tudo indica, a ética na política e até fora dela se encontra em declínio desde aquela época, mas onde se encontram os jovens protestando contra os incontáveis desvios de verba pública que vem sendo descobertos e sucedidos por outros ?
Juntamente com a ética, parece que a consciência crítica dos jovens foi se perdendo com o tempo. Quantos sabem para que servem os homens que elegemos de dois em dois anos ? Quantos sabem quais são os principais direitos assegurados pela constituição ?
Se nos próximos anos tivermos um real surto educacional, talvez cheguemos em números a metade dos jovens que estão antenados em tendências medíocres. Com o passar dos anos, parece que algo essencial se perdeu. Mais difícil que acertar os números da mega-sena no dia 31 desse mês, será prever quando a inteligência crítica da maioria dos jovens voltará, e ocupará o lugar da cegueira política  existente atualmente nos mesmos. 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Virou festa


De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, a cidade brasileira com melhor indíce de desenvolvimento humano é São Caetano do Sul com uma media de 0,919, e a média brasileira é de 0,766, porém, centenas de cidades atualmente estão abaixo dessa media, como é o caso de Quipapá, com 0,579.
Mas isso não parece ser importante para um deputado federal pernambucano que ao invés de destinar recursos para educação, saneamento básico e saúde, aprova uma emenda que destina R$ 1 milhão para realização de uma festa em Quipapá.
Esse não é um caso isolado, outros deputados espalhados pelo país tem aprovado emendas semelhantes as custas do Ministério do Turismo. Mais uma vez, após a imprensa cumprir o seu papel e expor essas emendas ridículas, investigações começam a ser realizadas oficialmente, promessas de averiguação dos fatos são feitas por representantes de um governo, que sempre da as mesmas desculpas para os atos desonestos dos deputados que elegemos. Quem está mais errado nessa história, eles que não cumprem o seu papel, ou nós que elegemos os homens errados para cargos importantes dentro de uma estrutura dita democrática ? 

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Caem as máscaras

Podemos afirmar, infelizmente, que a democracia nos Estados dito democráticos tem um limite, que é o dos  interesses dos homens que os governam. Quando um indivíduo ou organização o ultrapassa, passa a ser considerado inimigo do Estado. Esse é o caso de Julian Assange e de seu site, o Wikileaks.
Fundado há quatro anos, o Wikileaks já revelou segredos de empresas que despejavam lixo tóxico na África, de um banqueiro suíço que escondia dinheiro em paraíso fiscal. Isso sem falar nas mensagens reservadas divulgadas sobre a guerra do Afeganistão e Iraque. O vazamento de tais informações seria tão ruim para o mundo ?
Alguns podem dizer que Assange não passa de um anarquista, porém, é fato que até o presente momento ele não cometeu crime algum, no que se refere ao vazamento dos 251.287 telegramas de embaixadores dos EUA espalhados pelo mundo.
A indícios de que o material foi enviado pelo cabo do exército americano Manning, e que não demorou nem ao menos 30 minutos para ser completamente enviado, contudo, causou um impacto que será lembrado pela história futuramente. Os assuntos contidos nos telegramas já revelados não mostram nada de novo, apenas que parte dos governantes espalhados pelo mundo são tão arrogantes e prepotentes quanto pensávamos.

domingo, 19 de dezembro de 2010

O Brasil digitalizado

Nos últimos anos nosso país tem tido o privilégio de presenciar um largo crescimento de pessoas com um computador e acesso a internet em casa. Pode até parecer pouco, porém, ver um mecânico sem alfabetização dando uma entrevista a uma emissora de TV afirmando que o uso do computador é indispensável atualmente é incrível.
Contudo, o mais impressionante é notar que assim como um mecânico, vários outros trabalhadores, que em outros momentos não teriam condições nem ao menos de dar uma entrada na compra dessa ferramenta digital, hoje tem poder aquisitivo para fazer isso e muito mais.
Fato é que estamos muito longe das condições almejadas para que todos os brasileiros tenham oportunidade de ingressar no mundo digital , porém, as iniciativas com fundo econômico da gestão Lula se mostram  não através de discursos políticos, mas sim do pode aquisitivo adquirido mecânicos, pedreiros, diaristas, atendentes, enfim, trabalhadores que viram suas vidas melhoradas por um governo que soube fazer em partes aquilo que é sua obrigação.

domingo, 21 de novembro de 2010

O que nossos representantes parecem não entender

Os avanços apresentados pelo governo Lula, no âmbito educacional, são inegáveis. As vagas em universidades públicas cresceram muito nos últimos oito anos. Com auxílio de programas como o ProUni e o Fies , até o ingresso em instituições particulares se tornou mais fácil, porém, na contramão dos avanços quantitativos, a qualidade do ensino superior caiu.
Isso se deve em partes pelo facilitamento de ingresso no ensino superior. Isso não seria problema se nosso ensino médio fosse bom. É importante lembrar que a educação precisa ser revolucionada, não melhorada em alguns níveis. De nada adianta empurrar estudantes para o ensino superior, como sinal de desespero pra diminuir índices de pessoas sem nível superior, se as mesmas se encontram completamente despreparadas para assimilar conteúdos, fruto do despreparo proporcionado por um ensino defasado e ineficaz recebido no ensino médio e fundamental.
Pode-se afirmar que a educação é muito melhor do que nos oito anos da gestão de FHC. Contudo, enquanto europeus passam para o trilinguismo, boa parte de nossa população mal sabe falar português.
O que toda essa situação nos mostra é que não precisamos somente de avanços. Necessitamos sim de deputados, senadores, governadores, ministros e de um presidente que revolucione a educação.